ABRA SUA MENTE



Fecha teus olhos,abre tua mente e teu coração para a Verdade ...,porque

Ela pode ser invisível aos olhos humanos.Mas não aos olhos da sua consciência







Seguidores

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

FUNDAMENTOS NA UMBANDA

Fundamentos

Os fundamentos da Umbanda variam conforme a vertente que a pratique.
Existem alguns conceitos básicos que são encontrados na maioria das casas e assim podem, com certa ressalva e cuidado, serem generalizados. São eles:
  • A existência de uma fonte criadora universal, um Deus supremo, pode receber os nomes Zambi, Olorum ou Oxalá. Algumas das entidades, quando incorporadas, podem nomeá-lo de outra forma, como por exemplo Tupã, para caboclos, entre outros, mas são todos o mesmo Deus.
  • O compromisso com "a manifestação do espírito para a caridade". O que significa que a ajuda ao próximo não ser retribuída em dinheiro ou valor de qualquer espécie.
  • Ritual variando pela origem.
  • Vestes, em geral, brancas.
  • Altar, gongá ou peji com imagens católicas, pretos-velhos, caboclos, baianos, marinheiros e boiadeiros.
  • Bases: africanismo, espiritismo, amerindismo, catolicismo.
  • Serviço social constante nos centros.
  • Magia branca.
  • Batiza, consagra e casa.
  • O culto aos orixás como manifestações divinas.
  • A manifestação dos guias para exercer o trabalho espiritual incorporado em seus médiuns ou "aparelhos", também chamados de "cavalos".
  • O mediunismo como forma de contato entre o mundo físico e o espiritual, manifestado de diferentes formas.
  • Uma doutrina, uma regra, uma conduta moral e espiritual que é seguida em cada casa de forma variada e diferenciada, mas que existe para nortear os trabalhos de cada terreiro.
  • A crença na imortalidade da alma.
  • A crença na reencarnação e nas leis cármicas.
  • Muitos terreiros se baseiam, embora não sigam a risca - pelo fato de existirem outras vertentes de pensamentos e práticas - em uma "Carta Magna de Umbanda" discutida e eleita através do Médium Ortiz
Carta Magna de Umbanda “A Umbanda, como religião, tem em seu fundamento como base a crença em um único Deus (monoteísta), porém sua estrutura se estende através do panteão de Divindades denominadas de Orixás, com linhas e sublinhas de espíritos guias. Dando por verdade que a religião teve as influências das religiões Indígena, Africana, Kardecista e Católica”. Todas estes aspectos dentro da religião de Umbanda se sustentam como fonte de atuação através da prática caritativa, assistencialista e religiosa aos que a ela recorrem. A Umbanda, como religião, atua na elevação e educação religiosa, praticando apenas trabalhos de Ordem Luminosa. Entende-se que a religião de Umbanda, respeitando suas influências, é genuinamente brasileira, com duas interpretações em sua origem. Primeiro, que ela é milenar em suas atribuições espirituais em relação a manifestações. Segundo, que se iniciou através do Médium Zélio Fernandino de Moraes, em 15 de Novembro de 1908, em Neves, Niterói, através do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Vale ressaltar que o surgimento da Umbanda por meio do Zélio é apenas mais uma vertente da possibilidade do surgimento dessa grandiosa e diversificada religião.

A desafricanização da Umbanda


Exu João Caveira
A cosmologia da Umbanda é dividida em três níveis: o mundo astral, a terra, e o mundo inferior ou submundo. O mundo astral é presidido por Deus, e é seguido por várias linhas. Cada uma é guiada por um orixá, que freqüentemente corresponde a um santo católico. O mundo astral é um lar hierárquico, onde cada figura religiosa é colocada segundo o seu nível de evolução espiritual. Nos níveis mais baixos, estão os fundadores espirituais da Umbanda: os caboclos e pretos-velhos. A Terra constitui a plataforma para espíritos que experienciam sua encarnação humana em diferentes níveis de evolução espiritual. Ela é visitada por espíritos do mundo astral, que são incorporados pelos médiuns nos centros de Umbanda para ajudar os mais necessitados. O submundo, freqüentemente denominado Quimbanda, foi anos ligado à magia negra. Representava uma anti-estrutura da Umbanda. De acordo com essa visão seria habitado por espíritos que viveram sua encarnação com caráter extremamente duvidoso, tais quais, prostitutas, malandros e ladrões. Eram vistos como maus por conta da falta de evolução espiritual. Tais espíritos podiam subir à Terra para causar danos que tinham de ser desfeitos pelos espíritos mais evoluídos do astral.
O exu foi elevado à categoria de importante trabalhador da Umbanda. E a Quimbanda como parte da Umbanda, diferenciando-se da Kiumbanda, na qual os verdadeiros espíritos inferiores, os kiumbas, seriam os agentes do mal. Os exus, portanto, seriam os responsáveis, não só pela proteção e vigília do terreiro, como os incumbidos de afastar os maus espíritos dos consulentes.
Os especialistas, que focalizam a desafricanização da Umbanda, tem procurado mostrar como a África e as tradições religiosas afro-brasileiras são reinterpretadas na sua cosmologia. Na Umbanda os orixás afro-brasileiros foram marginalizados e tem menos importância que no Candomblé, no qual todas em as cerimônias estão concentrados e são incorporados pelos filhos de santo. Nas cerimônias da Umbanda, os orixás normalmente são periféricos. Devido à sua posição elevada na hierarquia, eles permanecem na esfera astral. Porém, raramente são incorporados pelos médiuns a não ser na forma de falangeiros ou mensageiros. No entanto, em algumas casas os caboclos e pretos-velhos têm tomado na Umbanda a posição que os orixás tradicionalmente ocupam no Candomblé.
Desde o século XIX, existe uma tradição oral e escrita referente às figuras do caboclo e do preto-velho. O caboclo é geralmente descrito como o representante de um indígena inculto, selvagem e orgulhoso que se tornou símbolo da antiga idade do ouro do Brasil. Já o preto-velho é o representante do escravo africano. Tem sido enfatizado que apesar das diferenças, ambos são marcados pelo processo de aculturação e civilização, além de partilhar a experiência histórica comum de terem sido escravizados. A substituição dos orixás pelos pretos-velhos é interpretada como uma expressão do estrangeiro, África, sendo substituído pelo elemento nacional, Brasil. A substituição dos orixás orgulhosos e livres pelos pretos-velhos e escravos também tem sido concebida como um símbolo da transformação da África, de ter sido livre na África e se tornado escravo no Brasil. Essa substituição tem sido vista como uma instância de sua aculturação, domesticação e embranquecimento da identidade africana na sua transformação em identidade afro-brasileira e nacionalidade brasileira (Brown 1994: 37-38).
O brincalhão exu, que entre outras coisas representa o mensageiro dos orixás no Candomblé, é outra figura africana e afro-brasileira que foi reinterpretada e marginalizada inicialmente na Umbanda. Exu foi associado com o demônio antes da fundação da Umbanda. Nessa religião, entretanto, essa figura maligna foi complementada. Exu era considerado o representante do demônio, do perigo e da imoralidade. Por causa dessas peculiaridades, os primeiros umbandistas associaram exu com africanos e escravos rebeldes. Exu foi portanto segregado da Umbanda, e se tornaria o legislador da Quimbanda, do submundo. A mudança sobre a figura de exu sofreria mudanças positivas com o passar das décadas.
Outra reinterpretação umbandista já ultrapassada inseria exu na ordem evolucionista de precedência conforme o modelo kardecista. Era relegado a um espírito menos evoluído que precisava evoluir para se tornar um espírito bom. Alguns umbandistas ainda distinguem o exu pagão e o batizado, que se submeteu à doutrinação e encontrou o caminho certo da escalada da evolução. Esta distinção reflete algo do caráter original ambivalente de exu, apesar do rito de passagem do batismo, que define a distinção que é certamente novo. Novamente este batismo do Exu pagão tem sido interpretado como uma expressão e aculturação e domesticação do mal, do perigo e da imoralidade (Ortiz 1991: 137-144).

Culto aos orixás

Na Umbanda os orixás não incorporam, são periféricos, devido à sua posição elevada na hierarquia, eles permanecem na esfera astral. Porém, raramente são incorporados pelos médiuns a não ser na forma de falangeiros ou mensageiros. No entanto, em algumas casas os caboclos e pretos-velhos têm tomado na Umbanda a posição que os orixás tradicionalmente ocupam no Candomblé. Normalmente os orixás cultuados são Oxalá, Omolu, Iemanjá, Oxum, Nanã Buruquê, Oxóssi, Xangô, Ogum e Iansã.
Orisha é um termo yorubano que designa um ser sobre-humano ou um deus30 . Sobre os orixás é considerado que são manifestações do Grande Deus, Olorum, criador de tudo.
Todo o universo surge de Olorum através das radiações que são individualizadas e personificadas em orixás. As emanações da água, por exemplo, podem ser subdivididas em Oxum, água doce, Nanã, pântano, e Iemanjá, mar. Ocorre associação semelhante com Ossain e Oxóssi no que tange à irradiação do reino vegetal. Portanto, cada orixá é considerado uma manifestação antropomorfizada dos elementos da natureza.
Por ocasião do tráfico negreiro e comércio de escravos no Brasil, negros de tribos diferentes foram misturados. Portanto, os diversas orixás de tribos distantes se encontraram em terras brasileiras e formaram o grande panteão do Candomblé.
Nessa visão, ainda própria dos ritos tribais, o orixá era um ancestral que os integrantes tribais localmente tinham em comum. Geralmente era o próprio fundador da tribo e deixava grande influência por suas características incomuns de liderança, poderes espirituais e habilidades. A tribo tinha no orixá um símbolo da união, pois todos eram filhos diretamente desse grande ancestral.
Os orixás, na Umbanda, se entrelaçam nas linhas de cultivo, que apresentam muita controvérsia em suas denominações e divisões, às quais abrangem reinos e falanges, de tal modo que não há uma unidade de entendimento, sendo geralmente distribuídas Sete Linhas encimadas pela Linha de Oxalá, sobre o que não há dúvida. Mais complexas se tornam as divisões em reinos e falanges, pois cada praticante procura explicar a seu modo e defender o seu ponto de vista, mesmo que esteja em desacordo com os demais. O orixá, pela sua vibração, influi na sua falange, dentro de sua linha em um mensageiro ou falangeiro que se manifesta nos terreiros de Umbanda.

Sincretismo

A Umbanda é uma junção de elementos africanos (orixás e culto aos antepassados), indígenas (culto aos antepassados e elementos da natureza), católicos (o europeu, que trouxe o cristianismo e seus santos que foram sincretizados pelos negros Africanos), Espiritismo (fundamentos espíritas, reencarnação, lei do carma, progresso espiritual).
A Umbanda prega a existência pacífica e o respeito ao ser humano, à natureza e a Deus. Respeitando todas as manifestações de fé, independentes da religião. Em decorrência de suas raízes, tem um caráter eminentemente pluralista, compreende a diversidade e valoriza as diferenças. Não há dogmas ou liturgia universalmente adotadas entre os praticantes, o que permite uma ampla liberdade de manifestação da crença e diversas formas válidas de culto.
Seu principal lema é dar de graça o que de graça receber com amor, humildade, caridade e fé.
Há discordâncias sobre as cores votivas de cada orixá conforme a região do Brasil e a tradição seguida por seus seguidores. Da mesma forma quanto ao santo sincretizado a cada orixá. Normalmente o sincretismo religioso de orixá e santo católico é feito da forma abaixo.
Alguns exemplos:

São Jorge, sincretizado com o orixá Ogum

O culto umbandista

A Umbanda tem como lugar religioso o templo, centro, tenda ou terreiro, o local no qual os umbandistas se encontram em sessões, giras ou cultos para promover atendimentos espirituais por meio da incorporação dos seus guias e entidades.
O chefe é o pai ou mãe de santo, mais correntemente chamado de sacerdote umbandista. São os médiuns mais experientes e com maior conhecimento, normalmente fundadores do templo. São quem coordenam as giras e que irão incorporar o guia-chefe, que comandará a espiritualidade e a materialidade durante os trabalhos.
Como uma religião espiritualista, a ligação entre os encarnados e os desencarnados se faz por meio dos médiuns.
Na umbanda existem várias classes de médiuns, de acordo com o tipo de mediunidade. Normalmente há os médiuns de incorporação, que irão "emprestar" seus corpos para os guias.
Há também os ogãs que transmitem a vibração da espiritualidade superior por via do som dos atabaques e das curimbas ou pontos cantados, criando um campo energético favorável à atração de determinados espíritos, sendo muitas vezes responsáveis pela harmonia da gira.
Há os cambonos que são os que comandam os cânticos e as cambonas que são encarregadas de atender às entidades, provisionando todo o material necessário para a realização dos trabalhos.
Embora caiba ao sacerdote ou à sacerdotisa responsável o comando vibratório do rito, grande importância é dada à cooperação e ao trabalho coletivo de toda a corrente mediúnica.
De forma geral, as entidades que são incorporadas pelos médiuns são os guias: pretos-velhos, caboclos, crianças, boiadeiros, marinheiros, baianos, orientais, mineiros e ciganos. Nas sessões de Quimbanda: exus, pombagiras e malandros (no caso específico do Rio de Janeiro).

As sessões de Umbanda

O culto nos terreiros geralmente é dividido em sessões de desenvolvimento e de consulta e são subdivididas em giras.
Nas sessões de consulta o consulente terá o atendimento da entidade de acordo com a gira em vigor já pré-estabelecida em calendário, como as de pretos-velhos, caboclos, exus, marinheiros, baianos e ciganos. As pessoas conversam com as entidades a fim de obter ajuda e conselhos para suas vidas, curas, descarregos, e problemas espirituais diversos.
As ocorrências mais comuns nessas sessões são o passe e o descarrego. No passe, a entidade reorganiza o campo energético astral da pessoa, energizando-a e retirando toda a parte fluídica negativa que nela possa estar. Já o descarrego é feito com o auxílio de um médium, o qual irá captar a energia negativa da pessoa e a transferir para os assentamentos ou fundamentos do terreiro que contém elementos dissipadores dessas energias. Também a entidade faz com que essa energia seja deslocada para o astral. Caso haja um obsessor, o espírito obsidiador é retirado e encaminhado para tratamento ou para um lugar mais adequado no astral inferior, caso ele não aceite a luz que lhe é dada. Nesses casos pode ser necessária a presença de uma ou mais entidades para auxiliar na desobsessão.
Nos dias de consulta há o atendimento da assistência, o conjunto de pessoas que procura o terreiro para atendimento. Nos dias de desenvolvimento há as giras mediúnicas, fechadas, nas quais há estudos e aprimoramento dos novos médiuns.

Médiuns

Médium é toda pessoa que, segundo a doutrina espírita, tem a capacidade de se comunicar com entidades desencarnadas ou espíritos, seja pela mecânica da incorporação, pela vidência (ver), pela audiência (ouvir) ou pela psicografia (escrever movido pela influência de espíritos).
A Umbanda crê que o médium tem o compromisso de servir como um instrumento de guias ou entidades espirituais superiores. Portanto, deve se preparar através do estudo, para desenvolver a sua mediunidade, sempre prezando sua elevação moral e espiritual, a aprendizagem conceitual e prática do bem, do respeito aos guias e orixás, além da assiduidade e compromisso com sua casa, a caridade em seu coração, amor e fé em sua mente e espírito, e saber que a Umbanda deve ser vivenciada no dia a dia, não apenas no terreiro.
Uma das regras básicas da Umbanda é que a mediunidade não deve ser algo que envaideça o seu médium. Trata-se de um dom concedido que na realidade não lhe pertence para fins de resgate cármico e expiação de faltas pregressas antes de sua reencarnação. Por isso, nenhum tipo de mediunidade deve ser encarado como fardo ou como meio de ganhar dinheiro, mas como uma oportunidade valiosa para praticar o bem e a caridade.
Existem médiuns que se perdem no caminho da vaidade e do deslumbramento passando a agir de forma leviana. O médium deve conceber sua mediunidade como um meio de caridade e de amor ao próximo. Ter um comportamento moral e profissional dignos e ser honesto e íntegro em suas atitudes é uma obrigação. Caso contrário, atrairá forças negativas, obsessores ou espíritos não evoluídos que vagam pelo mundo espiritual na busca de encarnados desequilibrados que estejam na sua faixa vibracional. Por isso, o desenvolvimento da mediunidade é um processo que deve ser encarado de forma séria e vivenciado através de um profundo estudo da religião através de seus conceitos morais e éticos.
O médium deve fazer uso, sempre que necessário, dos banhos de descarga adequados aos seus orixás e guias, estar pontualmente no terreiro com sua roupa sempre limpa e recorrer ao chefe espiritual do terreiro quando tiver alguma dúvida ou problema espiritual ou material.
Uma grande parte dos centros ainda utiliza as obras espíritas codificadas por Allan Kardec, mas no decorrer do tempo houve uma proliferação de obras sobre várias vertentes de Umbanda. As listas de discussão e rede sociais da internet também têm contribuindo para a divulgação mais coesa da diversidade e da pluralidade existentes na religião.

Sacrifício ritual de animais

A Umbanda por não ter um livro sagrado e ter sido reproduzida e disseminada pela oralidade, não é possível hoje afirmar convictamente que algo (ritual, pratica ou procedimento) faz ou não parte da Umbanda. Por esse motivo não podemos afirmar que a Umbanda não pratica o ritual de sacrifício e/ou corte. O que é de comum acordo entre grande parte dos adeptos e terreiros/templos de Umbanda é a utilização de elementos naturais para se alcançar e/ou promover a energia. Tal energia é o próprio axé, como muitos conhecem. O que difere de um terreiro/templo para outros é a forma de se alcançar e/ou promover essa energia, alguns por meio de ervas, outros comidas rituais, outras a combinação de vários elementos naturais (pedras, folhas, terra, água etc.). Outros optam pela utilização de sangue animal, mas um elemento natural. Se a Umbanda também prega a utilização de elementos naturais, por que não combinar, nos casos necessários, materiais provenientes dos 3 reinos: animal, mineral e vegetal, e dos 4 elementos: água, terra, fogo e ar? Por não existir um livro sagrado que defina os rituais e crenças da Umbanda, os procedimentos adotados que não ferem o conceito de amor, respeito e dedicação ao próximo podem fazer parte da Umbanda, pois cada terreiro/templo é uma Umbanda dentro da Umbanda maior.

Paramentos

Na Umbanda os médiuns usam normalmente como paramentos apenas roupas brancas, podendo estar os pés descalços, o que representa a simplicidade e a humildade, atributos comumente aludidos ao culto.
Há vertentes que optam pelas cores do orixá homenageado ou guia. É possível que em determinadas casas uma preta-velha solicite uma saia ou um lenço para amarrar os cabelos, ou vista uma roupa diferente da habitual. Em alguns terreiros são permitidos determinados apetrechos para os guias. Os caboclos costumam utilizar cocares, machadinhas de pedra ou chocalhos. Alguns terreiros concebem a ideia de que nas giras de exu as roupas podem ser pretas e vermelhas. O ritual é variável de acordo com a orientação espiritual da casa e de seu sacerdote.


Fontes

  • BACELAR, Jeferson. Etnicidade. Ser Negro em Salvador, Salvador, Bahia: Ianamá (PENBA), 1989.
  • BASTIDE, Roger. The African Religions of Brazil: Toward a Sociology of the Interprenetation of the Civilizations. London: John Hopkins University Press, 1978.
  • BIRMAN, Patrícia. O que é Umbanda-Coleção primeiros passos. São Paulo: Abril Cultural: Editora Brasiliense, 1985.
  • BOFF, Leonardo. Avaliação teológico-crítica do sincretismo. Vozes 71:7, 1977.
  • BROWN, Diana. Umbanda: Religion and Politics in Urban Brazil. New York: Columbia University Press, 1994.
  • CAVALCANTI BANDEIRA, Armando. O que é a Umbanda. Rio de Janeiro: Editora Eco, 1973, 2ª edição.
  • DA MATTA, Roberto. For an Anthropology of the Brazilian Tradition or A Virtude está no Meio In D. Hess and R. Da Matta eds. The Brazilian Puzzle: Culture on the Borderlands of the Western World. New York: Columbia University Press, 1995.
  • Federação Espírita de Umbanda. Primeiro Congresso do Espiritismo de Umbanda. Trabalhos apresentados ao 1º Congresso Brasileiro de Espiritismo de Umbanda, reunidos no Rio de Janeiro, de 19 a 26 de Outubro de 1941. Rio de Janeiro: Jornal do Commércio, 1942.
  • FREYRE, Gilberto. The masters and the Slaves: A Study in the Development of Brazilian Civilization. New York: Alfred A Knopf, 1946.
  • FRIEDMAN, Jonathan. Cultural Identity and Global Process. London: Sage Publications, 1994.
  • GONÇALVES DA SILVA, Vágner. Orixás da Metrópole. Petrópolis e Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
  • HERSKOVITS, Melville. African Gods and Catholic Saints in New World Negro Belief. American Anthropologist 39, 1937.
  • NEGRÃO, Lísias Nogueira. Umbanda e Questão Moral: Formação e Atualidade no Campo Umbandista em São Paulo. Dissertação de doutorado. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1993.
  • OLIVEIRA, José Henrique Motta de. Das Macumbas à Umbanda – Uma Análise Histórica da Construção de Uma Religião Brasileira. Limeira, SP: Editora do Conhecimento, 2008.
  • OMOLUBÁ - Fundamentos de Umbanda – Revelação Religiosa. São Paulo: Cristális Editora e Livraria, 2004.
  • ORTIZ, Renato. A Consciência Fragmentada: Ensaios de Cultura Popular e Religião. Rio de Janeiro: Brasiliense, 1980.
  • _______________. A Morte Branca do Feiticeiro Negro: Umbanda e Sociedade Brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1991.
  • PRANDI, Reginaldo. Modernidade com Feitiçaria: Candomblé e Umbanda no Brasil do Século XX –Artigo -Tempo Social; Rev. Social. USP, S. Paulo, 1990.
  • _______________. Os Candomblés de São Paulo. São Paulo: Editora HUCITEC, 1991.
  • RIO, João do. As Religiões no Rio. Rio de Janeiro: Edições da Organização Simões, 1976.
  • SALES, Nívio Ramos. Rituais Negros e Caboclos. Da origem, da crença e da prática do candomblé, pajelança, catimbó, toré, umbanda, jurema e outros. Rio de Janeiro: Pallas, 1986, 2ª edição.
  • SKIDMORE, Thomas. Black into White: Race and Nationality in Brazilian Thought. New York: Oxford University Press, 1974.
  • TRINDADE, Diamantino Fernandes. Umbanda e sua História. São Paulo: Editora Ícone, 1991.
  • _______________. Umbanda Brasileira - Um século de história. São Paulo: Editora Ícone, 2009.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.